A imagem da Cidade

No início da fundação da cidade de São Paulo, segundo a história, tínhamos 400 habitantes. Com o passar dos anos essa população veio crescendo... 337 anos depois, chegamos a 70 mil habitantes. Hoje, somos 11 milhões com crescimento anual desordenado em torno de 70 mil/ano. Dentre, estão: paulistas e paulistanos, nordestinos, paranaenses, japoneses, italianos, americanos, angolanos, bolivianos e todas as raças.
Nossa cidade está sempre de braços abertos para o Brasil e para o mundo. Parece que não existe limite!
Não estamos falando com preconceito, somos a favor do crescimento, mas vemos que há um certo abandono para algumas áreas. Se investe muito em alguns segmentos, e pouco ou quase nada em outros.
Este crescimento desordenado e falta de oportunidade para pessoas sem qualificação profissional nos leva ao caos da moradia. Sem estudos e com renda baixa, esta população mais carente procura refúgio em lugares com condições precárias para se proteger das chuvas, dos dias quentes e dias frios.
Como diz Rita Lee “...na medida do possível tá dando pra se viver na cidade de São Paulo...”, mas até quando?
Podemos observar que nas ruas da cidade, o imenso número de pessoas que estão em situação de rua no centro desta grande Metrópole vem aumentando cada vez mais. As vezes nos perguntamos: o que leva estas pessoas a morar na rua? Seria a violência doméstica? A liberdade? Se for, que liberdade é esta? A falta de moradia?
Talvez! Isto se trata de população de baixa renda, que normalmente moram sem dignidade. Migram da periferia da cidade e vem para as ruas do Centro em busca de facilidades. Usam as ruas como se fossem um grande lar a céu aberto.
Algumas esquinas viram sanitários e os chafariz se transformam em um grande chuveiro.
Usamos o Metrô todos os dias e poucos observam que ali próximo a estação Pedro II existe um barraco feito de plástico às margens do rio Tamanduateí. Lá tem até latas com várias plantinhas como uma espécie de jardim. A pessoa fez daquele local a sua moradia. Será que nossos políticos já foram visitá-la?
Vários programas assistenciais oferecem albergues, alimentação, tentam dar um pouco de dignidade para estes moradores em situação de rua, mas entregam o peixe e esquecem-se de ensiná-los a pescar.
Precisamos de programas que cheguem até as favelas e cortiços.
Que todos tenham oportunidades iguais de ensino, lazer, e trabalho...e que principalmente, nossos governantes possam controlar esta migração desgovernada, oferecendo aos que já estão aqui, uma qualidade de vida melhor.

1 comentários:

Anônimo disse...

Um olhar bem singular, típico de quem realmente observa nossa querida São Paulo.